quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Craques que não Assistimos Jogar: Gunnar Nordahl

Esta é uma seção dedicada àqueles grandes jogadores que não pudemos ver, mas que são reconhecidos como lendas do Futebol mundial. Não vimos talvez pela época em que jogaram, ou pelo país... Não importa!

Hoje, o post é dedicado a um jogador que não era nada menos de que uma máquina de fazer gols: Gunnar Nordahl.

Nordahl nasceu em 19 de outubro de 1921, na cidade de Hörnefors, na Suécia. Começou a sua carreira na cidade mesmo, no Hörnefors IF, em 1937. Lá já daria uma pequena amostra do seu faro de gol, marcando impressionantes 68 gols em apenas 41 jogos!

Após três anos, transferiu-se para o Degerfors IF, onde manteve uma boa média de gols. Em quatro temporadas, marcou 56 gols em 77 partidas.

Pelo sucesso em Degerfors, foi comprado pelo IFK Norrköping, onde ganhou status de grande jogador. Ganhou quatro títulos do Campeonato Sueco, marcando 93 gols em 95 jogos disputados. Em uma partida, chegou a marcar sete gols!

Além disso, foi artilheiro do Campeonato Sueco por quatro vezes, em 1940 (pelo Degerfors), 1945, 1946 e 1948 (no Norrköping).

Nas Olimpíadas de 1948, fez parte da equipe sueca que conquistou a medalha de ouro no Futebol, sendo o artilheiro do torneio.

O Milan, gigante do Futebol italiano, se impressionou tanto com a qualidade do sueco que o importou em 1949. O interessante é que, juntamente com Nordahl, os Nerazzurri trouxeram também dois seus compatriotas e colegas de Seleção Sueca, os grandes Gunnar Gren e Nils Liedholm. Juntos, formariam um trio de ataque formidável, conhecido e venerado até hoje, o Gre-No-Li (sílabas dos três nomes).


O centro-avante se tornaria o segundo maior artilheiro da história do Campeonato Italiano, só ficando atrás de outra lenda, o italiano Campeão do Mundo Silvio Piola. Nas suas nove temporadas em Milão, marcou 210 gols! Também, foi coroado cinco vezes o artilheiro da Serie A, o chamado título de Capocannoniere, um recorde não batido até hoje, e que provavelmente não vai ser ultrapassado.

Nas cinco vezes que foi artilheiro, marcou 35 (1949-50), 34 (1950-51), 26 (1952-53), 23 (1953-54) e 27 (1954-55) gols. Só marcaram mais ou igual número de gols em uma edição do Campeonato Italiano o húngaro Ferenc Hirzer (1925-26) e o ítalo-argentino Julio Libonatti (1927-28) com 35 gols, e Gino Rossetti, na temporada 1928-29, com 36 gols.

Dentre os vários títulos que venceu no Milan, conquistou dois Campeonatos Italianos, em 1951 e 1954, sendo artilheiro em ambas oportunidades, bem como quatro vezes a Coppa Italia e duas vezes a Coppa Latina.

Saindo do Milan, ainda jogou mais dois anos na Roma, marcando 15 gols. Terminou sua carreira em 1960, no Karlstad IF.

Nordahl era um jogador alto e muito forte para a época (media 1,85m e pesava 90 kg), chegando a parecer pesado demais para jogar Futebol profissionalmente. Entretanto, era capaz de reagir rapidamente e chegar sempre à frente dos zagueiros adversários. Seu posicionamento fabuloso permitia finalizações rápidas e eficientes.

Fazia gols de todos os modos possíveis, chutando de longe, com categoria ou com força, de perna esquerda ou direita, de cabeça, de primeira, por cima do goleiro... Nordahl fazia pilhas de gols, da maneira que fosse!

Não teve uma carreira internacional muito longa, apesar de ter atuado 33 vezes e marcado 43 gols. Após a sua transferência para o Futebol da Itália, não poderia mais ser convocado para o selecionado sueco, pois as regras não permitiam que jogadores profissionais atuassem pelo país.

Nordahl é considerado como um dos maiores atacantes da história do Milan e do Futebol Italiano. Nenhum outro jogador estrangeiro marcou mais gols que ele no país.

É conhecido até hoje com muito carinho pelos torcedores milaneses como "Il Cannoniere", a Canhoneira, pela quantidade de gols que marcou. Seu chute também era comparado com o de um canhão.

Faleceu em 1995, com 73 anos de idade, em Alghero, na Itália, cidade onde morava.

Seu legado jamais vai ser esquecido pelos torcedores do Milan e da Suécia. Quando Andriy Shevchenko marcou seu centésimo gol com a camiseta rubro-negra, os torcedores mais antigos e que viram Nordahl jogar, diziam: "Bom, ele terá que dobrar isso, marcar mais 26 vezes, para daí sim chegar aos pés do Cannoniere".

Pelo jeito, os mais velhos realmente têm razão...


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